Um médico aumenta seus honorários por meio de derrapagens de honorários para manter uma meta de renda mesmo que esses excessos não sejam ou sejam apenas parcialmente reembolsados pelo seguro do paciente e fundos mútuos. Indolor para o praticante, no entanto, essa operação é perigosa para a clínica médica, pois a superlotação faz com que parte da clientela fuja.

O risco é tanto maior quanto a perda de clientes na clínica médica causada por gastos excessivos pode estimular o praticante a aumentar ainda mais seus gastos excessivos para compensar a perda, criando assim um círculo vicioso.

Se o comportamento dos praticantes não associados ao capital da clínica pode parecer economicamente racional em tal contexto (não é nem mais nem menos do que um comportamento de otimização da renda sob restrições), o dos praticantes acionistas é, por outro lado, paradoxal, pois leva à degradação da rentabilidade de uma ferramenta de produção que eles próprios possuem.

O doutor Guy, médico da Clinique des Pins, observa que o número de pacientes que o procuram para consulta está diminuindo, o que causa uma redução corolário em sua rotatividade pessoal. Este é o resultado de um volume (o número de pacientes) multiplicado por um preço (as taxas de consulta fixadas pela nomenclatura geral dos atos profissionais).

Doutor Guy, para manter seu faturamento, elevou o preço de suas consultas passando do setor 1 (totalmente reembolsado pelo seguro de saúde) para o setor 2 com taxas em excesso (reembolso do seguro de saúde de acordo com a taxa básica e cobertura variável de taxas em excesso pelas companhias de seguros mútuos). Sobradinho o melhor psicologo